Alencar defende redução dos juros contra a crise
Agencia do Estado - ATUALIZADA EM:07/10/2008
O vice-presidente da República, José Alencar, defendeu hoje (7) a redução dos juros básicos da economia como uma das formas de o Brasil enfrentar a crise econômica internacional. Segundo ele, o governo brasileiro tem que cortar despesas.
Os maiores gastos são com o pagamento de juros. Alencar afirmou que, durante os oito anos do governo Lula, serão pagos R$ 1,2 trilhão em juros. Por isso, é necessário baixar a taxa Selic.
“Os juros altos têm que cair”, afirmou o vice-presidente, antes de chegar a uma exposição no Congresso que comemora os 20 anos da Constituição.
Alencar disse que não é necessário aumentar o superávit primário – economia que o governo faz no orçamento para pagar juros. “Ele só existe porque o orçamento é deficitário. O superávit primário deveria acabar”, defendeu.
Empréstimos criteriosos
O vice-presidente disse que não vai faltar crédito para os brasileiros e as empresas tomarem empréstimos. Isso porque os bancos brasileiros são mais criteriosos que os dos Estados Unidos em suas políticas de financiamento. “O sistema brasileiro está sólido. Os bancos aqui não trabalham com abusos que aconteceram nos EUA”, comentou.
Alencar ressaltou que o Banco Central reduziu o volume de dinheiro que os bancos têm que preservar para garantir que o crédito não seja reduzido. Mas destacou que os empréstimos não podem ser concedidos “a torto e a direito”. (Eduardo Militão)
Índice Nacional da Construção Civil variou 1,30% em setembro
IBGE - 07/10
Variação foi semelhante à de agosto (1,28%) e o custo nacional da construção passou para R$ 660,91 por metro quadrado.
Em setembro, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, ficou em 1,30%, variação muito próxima à de agosto (1,28%). O índice acumulou alta de 9,11% no ano e de 10,95% nos últimos doze meses. Essas variações ficaram acima do acumulado no ano no mesmo período de 2007 (4,32%) e do acumulado dos últimos doze meses de agosto (9,99%).
O custo nacional da construção, que em agosto estava em R$ 652,45 por metro quadrado, passou para R$ 660,91, sendo R$ 383,43 relativos aos gastos com materiais e R$ 277,48 com mão-de-obra.
Mantendo a mesma trajetória desde junho, mais uma vez foi a parcela dos materiais que pressionou fortemente o índice nacional, com alta de 2,03%, após subir 1,83% do mês anterior. Já a mão-de-obra apresentou variação de 0,30% em setembro, desacelerando em relação a agosto (0,53%).
Os materiais subiram de forma acentuada em relação a igual período de 2007: 10,27%, bem acima dos 3,50% de 2007. A parcela do custo referente à mão-de-obra aumentou 7,56% até setembro, mostrando uma aceleração mais moderada em comparação aos 5,45% do ano passado.
Nos últimos doze meses a alta dos materiais atingiu 12,13%, superando a variação dos doze meses imediatamente anteriores (10,55%). Comportamento semelhante teve a mão-de-obra, cuja alta de 9,36% superou a relativa aos doze meses anteriores (9,24%).
Nordeste e Centro-Oeste se destacaram em setembro
As variações dos índices regionais ficaram muito próximas entre si em setembro. O Nordeste e o Centro-Oeste, com 1,38%, vieram acompanhados bem de perto pelo Norte (1,34%) e Sudeste (1,31%). Apenas a região Sul (1,03%) variou abaixo da média nacional (1,30%).
A Região Sul, no entanto, se destacou por apresentar a mais alta taxa do ano (10,13%). Quanto aos últimos doze meses, a maior variação coube ao Centro-Oeste (11,68%). Os acumulados mais baixos se concentraram na Região Nordeste (7,98% e 9,93%, respectivamente no ano e em doze meses).
Os custos regionais apontaram os seguintes valores, por metro quadrado: R$ 701,42 (Sudeste); R$ 656,31 (Sul); R$ 650,23 (Norte); R$ 636,67 (Centro-Oeste) e R$ 614,31 (Nordeste).
Minas Gerais registrou a alta mais acentuada
Devido aos reajustes salariais, Minas Gerais apresentou a maior variação do índice em setembro (2,19%). No ano, o estado do Acre teve o maior acumulado (13,23%) cabendo ao estado de Rondônia a variação mais acentuada nos últimos doze meses (14,88%).
Estes resultados são calculados mensalmente pelo IBGE através de convênio com a Caixa Econômica Federal, a partir do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.
Criado em 1969, o SINAPI tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração de orçamentos e o acompanhamento de custos. Em 2002, o Congresso Nacional aprovou através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a adoção do SINAPI como referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas.
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