Especialista fala sobre os cuidados essenciais com a pele de acordo com cada idade. Dermatologista apresenta os desgastes da pele a partir dos 20 anos e as necessidades básicas para mantê-la lisinha
Da Redação Veja - 17/03/2009 - 08:26 (atualizada em 17/03/2009 08:32)
Para entender o processo do envelhecimento da pele é preciso compreender a influência das alterações hormonais, o desgaste do sistema imunológico e a ação dos radicais livres com o passar dos anos. Assim como o corpo possui características específicas em cada fase da vida, a pele – o maior órgão do corpo humano – também apresenta aspectos típicos em cada faixa etária, que requerem cuidados essenciais.
“Quanto mais cedo a mulher começar a utilizar cosméticos e filtro solar, melhor será sua pele no futuro”, diz a dermatologista Ana Cristina Fasanella, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
A especialista é enfática ao afirmar que limpar, hidratar e proteger-se do sol equivalem, hoje, a passar fio dental e escovar os dentes, ou tomar banho, lavar os cabelos e cortar as unhas. ”Cuidar de pele é um hábito essencial, que reflete significativamente no bem-estar e na saúde da mulher”, completa.
Para saber como a pele feminina se comporta a partir dos 20 anos e os cuidados que se dever ter a partir desse período, Ana Cristina, apresenta as principais características e necessidades de cada fase.
Aos 20 anos
É uma pele de mista à oleosa, com tendência a acne e de aparência firme. “A partir dos 25 anos, entretanto, a pele começa a perder, em média, 1% da produção de colágeno que faz a sustentação da derme. Se houver intensa exposição solar, esse processo será acelerado”, alerta a dermatologista.
Necessidade: limpeza intensa, no mínimo duas vezes ao dia, com produtos que regulem a oleosidade e uso de protetor solar.
Aos 30 anos
A herança genética, hábitos de vida saudável, como uma boa alimentação, pouca exposição solar, não fumar e fazer atividade física podem refletir numa pele semelhante a que se tinha aos 20 anos. Mas, como a maioria não é tão afortunada, é nessa idade que surgem as primeiras rugas finas ao redor dos olhos, na testa e no sulco que divide as bochechas dos lábios. “As manchas acastanhadas em forma de sardas ou maiores no rosto, como o melasma, podem começar iniciar nas que têm tendência, principalmente, após a gestação.”
Necessidade: precisa de limpeza, proteção solar, hidratação com renovação celular suave e atenção especial à área dos olhos.
Aos 40 e 50 anos
“Neste período o corpo começa uma fase de transição entre um período reprodutivo e o não reprodutivo, marcada pela diminuição de suas principais funções ovarianas: ovulação e síntese de hormônios (estrógenos e progesterona), o que acarreta algumas transformações físicas e até psíquicas”.
A dermatologia já estudou os efeitos desse hipoestrogenismo, pois a pele é um órgão altamente dependente dos estrógenos, comprovando o aceleramento no envelhecimento cutâneo dessa fase. Basicamente, verifica-se uma diminuição do número de fibroblastos, responsáveis pela produção das fibras colágenas e elásticas e, consequentemente, a pele vai perdendo sua elasticidade, espessura e resistência.
A camada córnea mais superficial e a hipoderme também diminui em espessura. “As mais importantes alterações ocorrem no calibre dos pequenos vasos sanguíneos, que vai se estreitando e reduzindo o fluxo do sangue que nutre a pele para realização do metabolismo celular”, ressalta.
Essa mudança afeta a capacidade que as células da pele têm de reter a água, assim como desacelera a produção de sebum e suor pelas glândulas sebáceas e sudoríparas, respectivamente. Tudo isso na pele se traduz clinicamente em ressecamento, opacidade, rugas, flacidez, perda de turgor e rosado natural, maior sensibilidade a escoriações, efeitos da radiação UV solar, e menor poder de cicatrização e eliminação de manchas. O processo de perda do colágeno continua acelerado.
Necessidades: a pele precisa de limpeza, proteção solar, hidratação com renovação celular intensa e atenção especial à área dos olhos, contorno facial e pescoço.
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